No Lello descobri a Arte, minha paixão maior, e as infindáveis mulheres
que contribuíram, dentro do tempo, espaços e contingências, com o caminhar da
Civilização. As resumidas anotações do Lello me levaram a
começar e aprofundar numa pesquisa que não mais tem fim. A cada dia surge um
novo nome, uma nova trajetória de vida, de uma de mulher que viveu, amou, atuou, naturalmente, um dia, sofreu, em tempos
idos, e agora está destinada ao esquecimento.
Foram tantas as mulheres que fizeram ou coadjuvaram na construção ou na
destruição de impérios; que teceram intrigas ou
tentaram promover a Paz. Mulheres belas, outras não
tanto; mulheres fortes, outras frágeis; orgulhosas ou humildes; cruéis ou
generosas; algumas muito amadas, algumas tão sofridas. Elas viveram. Não
foram apenas um nome escrito, ao acaso, para preencher as páginas de compêndios
aparentemente enfadonhos.
Não podem ser esquecidas.
Para que pudessem ser melhor lembradas, senti uma irresistível
necessidade de dar-lhes um rosto. Daquelas que ficou um registro, procurei
captar-lhes a expressão. Daquelas que não encontrei nenhum traço, não tive
dúvidas de desenhar- lhes a face . Com uma referência física fica mais fácil
ser recordada.
Assim, já dei imagem para mais de 100 delas. Outras
estão em lista de espera.
Se quem me lê conhece alguma ainda não citada,
por favor, mande- me o nome e, se possível, um breve relato sobre ela. Ficarei
muito agradecida.
Norma Denise
PS.
Descobri que poucas foram
as que viveram em “brancas nuvens”, que as mais belas não foram as mais amadas, e as mais amadas não foram,
necessariamente, as mais felizes.