1 de fevereiro de 2014

Mulheres da História

Apaixonada pela HISTÓRIA, sempre ressenti do anonimato das mulheres dentro dela. Falava-se de uma e outra personagem feminina, mas sempre muito pouco. Comecei a procurar por elas nos dois preciosos volumes do Lello Universal, que meu pai me doou, ainda em vida. Uma preciosidade que, de tão antiga, se desfaz um pouco cada vez que é aberta.
No Lello descobri a Arte, minha paixão maior, e as infindáveis mulheres que contribuíram, dentro do tempo, espaços e contingências, com o caminhar da Civilização. As resumidas anotações do Lello  me levaram a começar e aprofundar numa pesquisa que não mais tem fim. A cada dia surge um novo nome, uma nova trajetória de vida, de uma de mulher que viveu, amou,  atuou, naturalmente, um dia,  sofreu, em tempos idos, e agora está destinada ao esquecimento.
Foram tantas as mulheres que fizeram ou coadjuvaram na construção ou na destruição de impérios; que teceram   intrigas ou tentaram promover a Paz.  Mulheres belas, outras não tanto; mulheres fortes, outras frágeis; orgulhosas ou humildes; cruéis ou generosas; algumas muito amadas, algumas tão sofridas. Elas viveram. Não foram apenas um nome escrito, ao acaso, para preencher as páginas de compêndios aparentemente enfadonhos.
Não podem ser esquecidas.
Para que pudessem ser melhor lembradas, senti uma irresistível necessidade de dar-lhes um rosto. Daquelas que ficou um registro, procurei captar-lhes a expressão. Daquelas que não encontrei nenhum traço, não tive dúvidas de desenhar- lhes a face . Com uma referência física fica mais fácil ser recordada.
Assim, já dei   imagem para mais de 100 delas. Outras estão em lista de espera.
Se quem me lê conhece alguma  ainda não citada, por favor, mande- me o nome e, se possível, um breve relato sobre ela. Ficarei muito agradecida.
Norma Denise

PS.


Descobri que poucas foram as que viveram em  “brancas nuvens”, que as mais belas não foram as mais amadas,  e as mais amadas não foram, necessariamente, as mais felizes.